quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ELEGÂNCIA


"Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir".

Recebi este texto de Toulosse-Lautrec, por e-mail, da minha Mammy amada, sobre elegância e suas nuances. Achei-o perfeito e muito verdadeiro. Por isso, compartilho-o agora com você.

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens... Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante... Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda... é muito elegante... Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Adaptação de texto extraído do Livro:
EDUCAÇÃO ENFERRUJA POR FALTA DE USO - Henri Toulosse Lautrec (1864-1901) - pintor e escritor frânces.

Henri de Toulousse-Lautrec
Origem: Wikipédia.

Nome completo: Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa
Nascimento: 24 de Novembro de 1864
Morte: 9 de Setembro de 1901 (36 anos) em Saint-André-du-Bois
Nacionalidade: francês
Ocupação: pintura, litografia, escrita
Movimento estético a que pertenceu: Pós-impressionismo

Henri Marie Raymond de Toulousse-Lautrec Monfa, foi um pintor pós-impressionista e litógrafo francês. Conhecido por pintar a vida boêmia de Paris do final do século XIX, ele mesmo um boêmio que faleceu precocemente aos 36 anos de sífilis e alcoolismo. Trabalhou por menos de 20 anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade de suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte.
Toulousse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau.
Testemunha da vida noturna de Montmartre, Paris, Henri não apenas fez pinturas, como também cartazes promocionais dos cabarés e teatros, fazendo-se presente na revolução da publicidade do século XIX, onde a arte deixa de ser patrocinada e financiada apenas pela Igreja e os nobres, para ser comprada e utilizada pelo comércio crescente gerado pela revolução industrial. O cartaz litográfico colorido é uma nova ferramenta de divulgação de locais de lazer parisienses. Trilhando o caminho de Jules Chéret, assim como Alfons Mucha, Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes, definindo o estilo que seria conhecido como Art Nouveau.
O dom artístico de Lautrec é bastante reconhecido, tanto pelos seus amigos da classe baixa quanto por críticos de arte. Participa do
Salão dos Independentes em Paris, da exposição dos Vinte e das galerias de Boussod e Valadin.

... e soube definir ELEGÂNCIA como poucos!





















Ambassadeurs: Aristide Bruant, cartaz (1892) & Cartaz do Moulin Rouge (1891)

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