quarta-feira, 30 de setembro de 2009

AOS VIRA-LATAS, MEU SORRISO!


"Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve.

Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite.

Descubra uma fonte e faça banhar-se quem vive no lodo.

Pegue uma lágrima e ponha-a no rosto de quem jamais chorou.

Pegue a coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar.

Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entendê-la.

Segue a esperança e viva na sua luz.

Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.

Descubra o amor e faça-o conhecer ao mundo!"

Tenho um carinho especial pelos animais, principalmente pelos cachorros... nossos fiéis amigos. Quando vejo um VIRA-LATA pela rua, fico imaginando como é a vida deste animalzinho que já tem, desde o seu nascimento, o destino pré-definido.

Minha mãe tem um cachorrinho lindo, fiel, companheiro, fofo e 'às vezes' desobediente! (rs), chamado BOLLY. Este sim, teve a sorte de estar com pessoas que o amam e que dispensam à ele muitos cuidados, amor e carinho. Este cachorrinho (um Shi-tzu), diferente dos vira-latas da rua, quando nasceu, já tinha um "futuro promissor", o que me faz pensar sobre as razões para este favorecimento...

... seria algo meramente "GENÉTICO"?

Deixo esta pergunta para reflexão hoje...



BOLLY, com 03 meses


BOLLY, com 01 ano



Testamento de um Cão

"Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você...
Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma vasilha de água que se encontra rachada na borda.
Deixo para você a metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas e sob o assoalho da minha casinha.
Além disso, eu deixo para você a memória, que aliás são muitas. Deixo para você a memória de dois enormes e meigos olhos cor de mel, de um nariz molhado e de choradeiras atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo para você um tapete esfarrapado em frente de sua cadeira preferida, o qual nunca foi consertado com o tipo de linha certo... isso é verdade. Eu o mastiguei todinho, quando ainda tinha cinco meses de idade, lembra-se?
Também deixo para para você as memórias da primeira surra que levei quando comi seu celular e também todo o meu esquecimento...
Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim debaixo dos arbustos perto da varanda da frente, onde eu costumava me esconder do sol nos dias de verão. Ele deve estar cheio de folhas agora e por isso talvez você tenha dificuldades em encontrá-lo. Sinto muito!
Deixo também só para você, o barulho que eu fazia ao sair correndo sobre as folhas de abril, quando vagabundeávamos pelo sítio.
Deixo ainda, a lembrança de momentos pelas manhãs, quando saíamos junto pela margem das lagoas do condomínio e você me dava aqueles biscrocks coloridos. Recordo-me das suas risadas, porque eu não consegui alcançar aquele coelho impertinente.
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não andavam bem, meus latidos quando você levantava a voz aborrecido... e minha frustração por você ter ralhado comigo todas as vezes que eu colocava o nariz debaixo da cauda.
Eu nunca fui à igreja, nunca escutei um sermão, e sem ter dito sequer uma palavra em minha vida, deixo para você lições de paciência, de tolerância, e amor e compreensão.
Espero que sua vida tenha sido mais rica porque junto dela eu vivi.
AMO-TE e AGRADEÇO-TE eternamente por todos os sorrisos e todos os olhares de carinho que foram direcionados à mim. Isto me bastou para que toda a minha existência se justificasse. OBRIGADO!"

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